Resenha: Anexos

• Ano: 2014
• Páginas: 368
• Editora: Novo Século
• Classificação: 5/5
• Redes Sociais: Skoob – Livreto
• Onde Comprar: Saraiva – Submarino – Cultura – Amazon

Anexos – Rainbow Rowell

Beth Fremont e Jennifer Scribner-Snyder sabem que alguém está monitorando seus e-mails de trabalho. (Todo mundo na redação sabe. É política da empresa.) Mas elas não conseguem levar isso tão a sério, e continuam trocando e-mails intermináveis e infinitamente hilariantes, discutindo cada aspecto de suas vidas.
Enquanto isso, Lincoln O’Neill não consegue acreditar que este é agora o seu trabalho ler os e-mails de outras pessoas. Quando ele se candidatou para ser agente de segurança da internet, se imaginou construindo firewalls e desmascarando hackers e não escrevendo um relatório toda vez que uma mensagem esportiva vinha acompanhada de uma piada suja. Quando Lincoln se depara com as mensagens de Beth e Jennifer, ele sabe que deveria denunciá-las. Mas ele não consegue deixar de se divertir e se cativar por suas histórias. No momento em que Lincoln percebe que está se apaixonando por Beth, é tarde demais para se apresentar. Afinal, o que ele diria…?

E eu, que não sou fã de livros narrados na terceira pessoa, me rendi aos encantos da escrita de Rainbow Rowell. Diferente da maioria, nunca tinha lido nada da autora, embora tenha lido muito sobre os livros que ela escreveu, ainda não havia lido nenhum. Então, li a sinopse de ”Anexos”, e pensei em começar por ele, e que surpresa gostosa. Confesso que no começo tudo me pareceu meio morno, com exceção dos emails ( com os quais eu me diverti horrores), mas depois eu peguei o ritmo e tudo fluiu.

O Lincoln trabalha  em um jornal, e ele odeia o seu trabalho. Tudo que ele precisa fazer é ler os emails dos funcionários, e identificar aqueles que estão trocando emails pessoais e envia – los advertências. No meio desses emails tem os da Beth e da Jennifer, que embora sejam emails pessoas, Lincoln simplesmente não envia advertências para elas, pois considera que não há nada demais neles. Mas então, lendo todos os dias as conversas das duas, ele acaba se envolvendo, e aí então, ele se vê em um grande conflito.

Eu estou me envolvendo, pensou ele. E isso não é bom… Mas talvez não seja totalmente ruim também..

A Beth e a Jennifer me fizeram rir  com os emails trocados. A Jennifer e a questão de ter ou não um filho, e a Beth sofrendo com o casamento da irmã mais nova. Tudo que elas discutem é tão próximo do que muitas mulheres vivem, que é difícil não se envolver. Do outro lado, temos o fofo do Lincoln, que depois que a primeira namorada o deixou, ficou meio perdido e passa mais tempo colecionando cursos na faculdade, do que fazendo o que realmente gosta. Claro, a mãe dele não ajuda em nada. Porém, a irmã o incentiva a seguir a vida, sair da casa da mãe, arranjar um emprego melhor e  fazer algo que o deixe feliz.

(…) Ela lhe pedia para ir mais devagar, para pensar em sair com outras garotas.
– É como comprar camisas, Lincoln. Quando você sai para comprar camisas, não compra a primeira que experimenta. Mesmo que tenha gostado. Você continua olhando, continua experimentando outras coisas. Você tem que ter certeza de encontrar a camisa que lhe cai melhor.

Eu adorei acompanhar o crescimento do Lincoln, o amadurecimento do personagem e como ele vai mudando ao longo do livro. Foi incrível acompanhar os erros e acertos das duas amigas, sofri com a Jennifer, torci e fiquei feliz pela Beth, e quase perdi as esperanças com o final do livro. Mas aí, fiquei feliz de novo e meu coração agradeceu por uma leitura tão leve e gostosa. Agora, eu vou partir para os outros livros da autora, e torcer para que sejam tão bons quanto esse.

Mas a dor também foi diminuindo. As coisas melhoram – doem menos – com o tempo. Se você permitir.

Aproveitem a leitura!